Inauguração da exposição “Bô Neco. Prosopopeia de Madeira” de Luís Calheiros, sáb 18 11 2006 17:30h
“Para além de registo certo da marionete de feira, artefacto lúdico plebeu dos palcos “pobres” da nossa (ainda tão presente) ruralidade. Para além da fauna de pau que é a dos Fantoches, Robertos e Bonifrates, Títeres… do Dom Roberto ibérico aos puppets “d’ingraterra”, dos puppis sicilianos aos piccolos venezianos da commedia dell’arte, do guignol francês aos Joruri e Kabuki japoneses. Pinóquio do Gepetto Carlo Colodi (…) Registo de uma arte “falante”. Feita desenho de (algum) rigor sobre o tosco corpo do boneco, talhado a enxó. Um pop-cubismo (alguém já chamou a estes desenhos “cubismo popular”). Uma arte que ocupa a “terra de ninguém” que medeia entre as alta e baixa culturas, entre o erudito e o popular.
Porém sem amargura! Algo jocoso e leve como as gargalhadas dos amigos que à mesa, com vinho, pão e queijo (…juntos, sabem a beijo!), enganam o tédio e a melancolia das tardes e noites de Outono, aqui na Beira, bem no Centro. Em Viseu (terra madrasta!).”
Luís Calheiros. Nascido em Viseu, a 9 de Junho de 1952. Licenciado
Artista Plástico, pintor, desenhador e gravador a água-forte, e com alguma experiência como ceramista.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home